
Com base no repertório de Didier Sustrac, suas palavras, seus vocais e seu violão, Odile Barlier cria um mundo sonoro muito especial, composto de percussão, sopros de madeira, vozes, flautas e água. Nossos ouvidos acompanham suas músicas, que se estende por muitas paisagens, começando pelas da Amazônia. Ouvimos os acordes de João Gilberto, as ressonâncias de Iva Bittova, a respiração de Hermeto Pascoal, os ritmos de Nana Vasconcellos…

DIDIER SUSTRAC
Sem dúvida, o francês mais brasileiro da França hoje, se parafrasearmos seu amigo Pierre Barouh, com quem canta o samba SARAVAH, de Baden Powell e Vinicius de Moraes.
Cantor e compositor, sua música sempre foi “branca na forma e na rima, mas negra e muito negra no coração”. Ele deve essa mistura de culturas, que o torna um filho da Provença com coração brasileiro, à sua carreira de poeta boêmio que nunca parou de viajar pelo Mediterrâneo, pelo Atlântico e pelos trópicos.
Desde a adolescência, ele buscou um caminho entre o jazz descolado de Chet Baker e o jazz californiano de Michael Franks, sem esquecer Pierre Barouh, que, com Francis Lai, escreveu o tema do filme “Un homme et une femme” (Um homem e uma mulher), que teve um papel importante em seu desejo de viajar.
Aos 20 anos de idade, Didier Sustrac partiu para o Brasil, inspirado por um álbum de João Gilberto e Stan Getz. Quando chegou ao Rio, percebeu imediatamente que finalmente havia encontrado o que estava procurando: as harmonias suaves, os ritmos africanos dos afro-sambas e a bossa jazz de João. Ficou lá por três anos, tempo necessário para trocar seu violão popular por um violão e ter suas primeiras aulas de violão clássico, além de aprender português, o que lhe permitiu sentir a pulsação da alma brasileira tão cara a Henri Salvador.
Autor e compositor de suas próprias músicas, o francês sempre será a língua em que ele escreve, seguindo os passos de sua avó poeta, que lhe ensinou as belas palavras, mas também demonstrando, como Claude Nougaro lhe disse uma vez, que “sua terra natal é sua língua”. Seu primeiro álbum, “Zanzibar”, foi lançado em 1993 e o levou ao topo com “Tout seul”, que foi um sucesso naquele verão. Em 1995, lançou “Blues indigo”, que incluía outro sucesso, “Comme des animaux”, e, acima de tudo, “Ça sert à quoi”, um dueto com Chico Buarque. Em 2000, ele lançou o álbum “Chanteur d’ascenseur”, cuja alma foi vendida para uma grande gravadora. A essência de Didier Sustrac retornou em 2003 com o álbum “Matière première” e em 2006 com “Je chante un air”, que incluía uma de suas composições, “Cogne”, cantada em dueto com Claude Nougaro.
Em 2009, foi lançado o CD “Au pays des papas”, totalmente dedicado à Bossa, fruto de um hiato de alguns anos dedicado à sua paternidade. Em 2019, o CD “Ostende Bossa” e, em 2022, o CD “BossaSaravah” com o violonista italiano Roberto Di Fernandino.
Em 2023, ele apresenta seu novo projeto “Amazon” com a percussionista Odile Barlier, com suas “chansons sur l’eau et autres éclaboussures”.(“ músicas sobre a água e outros respingos”)
NO RIO , PARTICIPAÇÃO ESPECIAL PAULA & JAQUES MORELENBAUM (dependendo da agenda e da disponibilidade dos artistas)
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